Imersão Tecnosinos: Ambiente de inovação é apresentado ao setor empresarial

Associados tiveram oportunidade de conhecer o complexo de inovação da Universidade

ACIST-SL e Unisinos visam aproximar empresas e universidade

Nesta quarta-feira, 08, um grupo de empresários associados à ACIST-SL teve a oportunidade de conhecer a série de oportunidades que a Universidade do Vale do Rio do Sinos oferece para a inovação. Daniel Klafke, vice-presidente de Tecnologia da ACIST-SL, apontou que a Imersão Tecnosinos/Indústria vem ao encontro de uma demanda tanto dos associados quanto do Parque Tecnológico São Leopoldo, para aproximar as empresas locais do ambiente de inovação que o complexo universitário oferece. Marcelo Mariani, vice-presidente de Indústria da ACIST-SL, acrescentou que o setor tem uma série de necessidades que pode ser atendida pelo hub de inovação. “Precisamos afinar cada vez mais esta relação e esta é uma excelente oportunidade”.  

“Este é o primeiro de uma série de encontros para que as lideranças empresariais saibam que podem obter aqui as ferramentas para o desenvolvimento de projetos e produtos para as mais diversas áreas”, ressaltou o vice-reitor da Unisinos, Artur Eugênio Jacobus. O diretor da Unitec e gestor do Tecnosinos, Silvio Bitencourt, complementa que todo o complexo universitário – desde a graduação, os Institutos de Tecnologia e os Núcleos de Excelência – pode ser acionado para atender as mais diversas necessidades, desde pesquisas simples ou complexas e até mesmo a reserva de espaços para a realização de eventos corporativos. 

O roteiro foi composto pela apresentação do Portal de Inovação, prédio localizado na entrada do Parque Tecnológico. Seu objetivo é ser o ponto focal para receber qualquer demanda externa. Com uma equipe especializada, o Portal de Inovação conecta e disponibiliza espaços, métodos, metodologias e ferramentas para o processo de inovação.

Em seguida, o grupo foi conduzido em um tour aos laboratórios do itt Performance (Instituto Tecnológico em Desempenho e Construção Civil), um dos cinco Institutos sediados da Unisinos. Com aproximadamente 1800 m², é formado por dois prédios de laboratórios e um administrativo. Além da recepção e dos escritórios, o Itt conta com áreas de expedição, sala para controle e análise de resultados e três laboratórios tecnicamente qualificados para atendimento de toda a cadeia produtiva da construção civil. Os empresários conferiram a estrutura oferecida para ensaios de acústica, resistência e reação ao fogo. Ali também são realizadas avaliações de desempenho em sistemas construtivos inovadores e convencionais e apoio tecnológico no desenvolvimento de produtos para a construção civil.

Na sequência, passaram pelo Instituto Tecnológico de Semicondutores (itt Chip), centro para suporte ao desenvolvimento de produtos, pesquisa e inovação em encapsulamento e teste de semicondutores, sensores, materiais e produtos eletrônicos. Com experiência no desenvolvimento de chips multicomponentes do tipo System in a Package (SiP) voltados para aplicações IoT,  desenvolve também sensores microfluídicos para a área da saúde, sensores industriais e soluções para eletrônica flexível (wearable electronics) e nanomateriais.

O último instituto a ser visitado foi o Instituto Tecnológico em Ensaios de Segurança Funcional (itt Fuse). As instalações contam com recursos físicos e infraestrutura tecnológica para realizar análise de falhas em equipamentos eletrônicos e eletromecânicos, por meio de ensaios de vida acelerada, ensaios físicos ou elétricos. A partir da avaliação de produtos e processos produtivos, o instituto contribui para a competitividade nacional na adequação SIS-SIL (Safety Instrumented System – Safety Integrity Level) e para a segurança de maquinário conforme a Norma Regulamentadora NR 12. Alinhado ao conceito de segurança funcional, o itt Fuse atua para garantir a robustez e o cumprimento da função por um longo período de tempo de um determinado produto, mitigando situações de risco ao usuário.

Na passagem pelo Unitec I, o grupo conheceu os dados do Parque Tecnológico São Leopoldo e seus projetos para o futuro. Criado em 1998, o Tecnosinos simboliza o esforço contínuo da parceria entre Universidade, iniciativa privada (ACIST-SL e Associação do Polo de Informática) e poder público (Prefeitura Municipal) que, juntos, formam o modelo de governança de tríplice hélice.

O Parque abriga empresas nas áreas de Tecnologia da Informação, Semicondutores, Automação e Engenharias, Comunicação e Convergência Digital, Tecnologias para a Saúde e Energias Renováveis e Tecnologias Socioambientais. Conta com 50 empresas consolidadas e 60 incubadas, gerando cerca de 8 mil empregos. São companhias globais que se unem a dezenas de startups incubadas e graduadas na Unidade de Inovação e Tecnologia – Unitec, incubadora do Tecnosinos, gerando inovação que movimenta a economia. Bitencourt assinalou que os recursos recém obtidos por meio do edital da FINEP, de cerca de R$ 14 milhões, serão aplicados nos próximos cinco anos em uma série de melhorias para um novo ciclo de crescimento.

SKA – A Imersão Tecnosinos/Indústria encerrou com uma visita técnica na SKA Automação. O presidente da empresa, Siegfried Koelln, conduziu os empresários pelas instalações da SKA, que ocupa dois prédios no Parque Tecnológico. A empresa foi uma das precursoras do Parque Tecnológico, tendo iniciado sua trajetória como incubada da Unitec.

Atualmente, é líder na América Latina no fornecimento de software CAD e CAM, oferecendo uma linha completa de produtos para engenharias de design e projetos focados para a manufatura criativa. Com uma trajetória de mais de três décadas, a SKA entregou soluções para mais de cinco mil clientes em todo o país. Para manter a inovação como o principal pilar da empresa, Koelln ensinou que, a cada 1º de janeiro, tudo é renovado. “O que serviu no ano anterior, não vale mais. Tudo muda muito rápido e é preciso constante atualização e renovação”, ensina.

Repercussão – Giovan Schünke, gerente de Manufatura da Datwyller, comentou que a visita foi muito produtiva, pois mostrou o que a região do Vale do Sinos tem à disposição para as empresas. “Muitas vezes, procuramos fora do Estado ou do País soluções que estão ao nosso lado”, disse. Já Rafael Peixoto, da Mega Música, apontou que o aprendizado serviu para “sair da caixa” e ver o quanto de tecnologia e inovação estão à volta. Nelson Luiz Faghezzi, diretor da Infasul, ressaltou que agora sabe qual é a “porta de entrada” para o encaminhamento de demandas. 

Participaram da Imersão Tecnosinos Maiara Fangueiro (gerente executiva da ACIST-SL).  Marcelo Mariani (Mariani Metais), Daniel Klafke e Gustavo Rosa (W3K), Maria Inês Führ (Leiter Consultoria e diretora de Sustentabilidade da ACIST-SL), Rafael Peixoto (Mega Música), Jeferson Matheus de Oliveira (Laplace Consultoria e Perícias Elétricas) e Ana Schaeffer Hansen (Sicredi Pioneira Agência Unisinos). Também integraram o grupo colaboradores da Unisinos e da ACIST-SL.

Fonte: Imprensa ACIST-SL | SENHA Comunicação Integrada | Fotos: Mateus do Nascimento