Atitude e sensibilidade na segunda edição do projeto Laços Networking & Conhecimento

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Na próxima segunda-feira (15), empreendedores do Vale do Sinos terão oportunidade de participar da segunda edição do projeto Laços Networking & Conhecimento, que acontecerá no Espaço WHouse (junto ao Wallau Centro de Esportes, na Rua Ipiranga, 327), a partir das 19h. O encontro terá como fio condutor o questionamento de “Como a atitude & sensibilidade podem impulsionar os negócios”. A mediadora do tema será a mestre em Psicologia e diretora do Instituto do Comportamento (São Leopoldo), Andressa Henke Bellé, que na área empresarial atua com treino e habilidade sociais. (Veja abaixo sua entrevista). O evento é gratuito, mas o número de vagas é limitado até 40 pessoas.

Sentidos – Além dos muitos contatos, a segunda edição do Laços será também um momento para aguçar os sentidos. Haverá degustação de pastas e pães especiais do Armazém K, risotos gourmet da Bravo, biscoitos artesanais da Vovi´s Biscoiteria, chás especiais da Colher de Chá e espumante que será harmonizado com flor de hibisco oferecida pela Selvaggio. “Desejamos que os inscritos possam desfrutar de mimos que fazem bem para o corpo e para a alma, reforçando os laços de amizade e de companheirismo, que são a essência de um bom networking”, destaca Alessandra Becker, integrante do Grupo Laços.

Conforme Kétlin Pacheco, uma das gestoras do Laços, este tema vem ao encontro do objetivo do projeto, que é propor conteúdos relevantes para auxiliar o empreendedor a reunir ferramentas que o ajudem a estabelecer uma comunicação clara e direta com seus públicos. “Em muitas situações, não temos a percepção clara de como nos aproximar com nossos clientes e estabelecer uma estabelecer uma rede de relacionamentos de qualidade”.

Integrantes do grupo Laços Networking & RelacionamentoO que é o Laços Networking & Conhecimento: Iniciativa de um de um grupo de empreendedores locais que se reuniram para estimular a troca de experiências e de conhecimento sobre temas que impactam diretamente no posicionamento estratégico do seu negócio, estimular o uso da comunicação como ferramenta estratégica para promoção e crescimento do seu negócio.  O formato encontrado é a realização de encontros com conteúdos relevantes que auxiliem o empreendedor a reunir ferramentas para estabelecer uma comunicação clara e direta com seus públicos e uma rede de relacionamentos de qualidade. A primeira edição ocorreu no restobar Olé Mexicano, em julho, quando o tema foi os desafios enfrentados no momento de apresentar as empresas e ou produtos e conquistar os clientes.

As integrantes do grupo Laços são Kétlin Pacheco (diretora da Abarca Comunicação Integrada), Elaine Coelho, sócia da Talent Consultoria, Alethea Oliveira (coach), Alessandra Becker (coach), Daniela Harff (criadora da Bravo Risoto), Edi Sturm (advogada), Fernanda Rauter (consultora da Vilage Marcas e Patentes), Gabriele Rech (gestora do Blend Coworking) e Kelen Trentin (sócia do Armazém K).

“As estratégias de comunicação devem ser constantes”

Na entrevista abaixo, a psicóloga Andressa Henke Bellé, diretora do Instituto do Comportamento, fala um pouco sobre como a sensibilidade auxilia os empreendedores no dia a dia dos seus negócios. Andressa é mestre em Psicologia pela UFRGS, especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental pela Unisinos, onde é professora licenciada. No Instituto do Comportamento, localizado em São Leopoldo, na área empresarial atua especialmente com treino de habilidade sociais e modelo teórico da Terapia dos Esquemas.

Laços – O projeto Laços Networking e Conhecimento deseja tratar, nesta segunda edição, de um tema que ainda é considerado tabu no meio corporativo. Com o título “Como sua atitude & sensibilidade pode impulsionar seu negócio?”, quer avaliar por que a sensibilidade no trato com as pessoas muitas vezes é confundida com “falta de atitude”. A senhora concorda com esta visão?

Andressa – Concordo que há certa confusão. A sensibilidade pode nos ajudar a perceber melhor o que acontece a nossa volta, o que pode nos fazer entender que nem sempre é o momento certo de ter uma determinada atitude nos negócios. Na hora da venda, por exemplo, o uso da empatia e da genuinidade (verdade) pode ser um caminho que nem sempre trará resultado imediato, sendo assim, tais fatores podem conduzir a uma ideia de passividade.

Entretanto, a sensibilidade nos negócios ajuda a estabelecer uma relação mais fiel com o cliente, baseada em ética e respeito. Perceber que o que o cliente realmente quer é A e não B é o mérito da sensibilidade. Se não tenho A para oferecer, indico quem tem, faço redes e parcerias e estarei à disposição quando realmente o cliente quiser B. Ser sensível não é ser passivo. Muitas vezes a sensibilidade nos permite reconhecer se o cliente está ou não satisfeito e modificar o que é necessário para que esteja. Sensibilidade geralmente resulta de inteligência inter e intrapessoal, conhecer e perceber a si mesmo e aos outros, e essas são competências que, se bem conduzidas, só irão agregar ao mundo dos negócios.

Laços – O que a terapia cognitivo-comportamental tem a ver com tudo isto? No que ela pode ajudar?

Por meio das psicoterapias muitas vezes é possível trabalhar melhor a nossa sensibilidade. Todos nós temos formas enviesadas de interpretar a realidade, a partir de nossas experiências de vida. A terapia cognitiva ajuda a perceber se estamos realmente interpretando a realidade de forma sensível, perspicaz e adequada, ou se estamos colocando um olhar distorcido sobre a realidade. Por exemplo: “percebi que o cliente não gostou de meu produto; ou que este funcionário não vai com a minha cara”, pode ser somente uma forma minha de interpretar. A terapia cognitiva ajuda a termos um embasamento maior na checagem de evidências e trabalha maneiras mais assertivas de como podemos nos colocar frente aos demais. Sensibilidade também não é igual à desregulação de humor. Se o humor não está estabilizado também é possível procurar as psicoterapias como modo de encaminhar melhor as situações do cotidiano laboral.

Laços – Quais são hoje os principais desafios que os empreendedores enfrentam no momento de comunicarem-se?

A comunicação deve ser sempre assertiva, o que significa que não pode ser passiva e nem agressiva. Mas é claro que esse é um ideal a ser alcançado, e que é bem distante da prática do cotidiano organizacional. No Brasil, há uma carência de investimentos em formação, sobretudo nos aspectos que envolvem as relações de trabalho. Os maiores desafios, então, passam a ser a pressa que faz com que as comunicações sejam econômicas e pouco efetivas, a carência de feedbacks constantes, resultando em devoluções somente com a finalidade de crítica, e as comunicações focadas em emoção que muitas vezes resultam em agressões ou atitudes passivas, como evitar falar. Tudo que não é dito no meio empresarial tem conseqüências drásticas, que serão sentidas ao longo do tempo. Portanto, as estratégias de comunicação devem ser constantes e organizadas e as equipes devem ser preparadas para se comunicar com eficiência.

Laços – Quais são os conselhos que podem ser seguidos?

Quando existem problemas na empresa nestes quesitos, buscar consultorias e formação é sempre uma excelente alternativa. Também recomendo apostar em uma escuta permanente do cliente, seja ele interno ou externo, pois eles sempre sabem onde os problemas da empresa estão localizados.  Por fim, o empreendedor deve apostar em uma sensibilidade sempre acompanhada de checagem de evidências, comunicação assertiva e empatia.

Saiba Mais:

Laços Networking & Conhecimento – 2ª Edição
Como sua atitude & sensibilidade pode impulsionar seu negócio
Onde: Espaço WHouse – junto ao Wallau Centro de Esportes – na Rua Ipiranga, 327 – Bairro Rondônia/ NH
Hora: 19h às 22h
Inscrições: Gratuitas, mas reservas limitadas: https://www.sympla.com.br/lacoscomo-sua-atitudade–sensibilidade-pode-impulsionar-seu-negocio__80888
Informações: 8184 6227